Thursday, March 18, 2010

Praga da Joseja

Eu segurava o mastro verde
corria
cabelos ao sol
e na ponta da taquara
arqueava pela estrada
as regras da Joseja
Que nojo
olhava o pássaro vermelho
ele riscava o céu
Que vôo

Ao longe ela me via chegar
gritava,a Josefa
ecos me confundiam
a velha figueira sorria com suas barbas
eu ia apanhar

Sim,varadas nas pernas
pássaros vermelhos não podem voar
aprendi
vergonhas rastejam

Num afago de irmã
depois do meu choro
me deu café sem pires
sem colher
adocei com a ponta da rosca de polvilho
fazendo redemoinho
sem desconfiar
que moça sem pires não casa !
foi praga ! praga da Josefa !

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