Wednesday, February 10, 2010

Olhos públicos do Mercado

cortinas de macelas e linguiças
cheirinho verde
do bom
ladrilho hidráulico
como gosto de atravessar pelo velho mercado
vejo os olhos dos peixes
tenho os meus iguais
olhos mortos,de gente fisgada
também não era tua hora,pobre Corvina ?
nunca é
somente de ir para casa

antes um sorriso caridoso
para o moço que paleteia
com graça
a desgraça de um porquinho
roupa manchada
sangue do ofício
(sorrio mais ainda,por fora mesmo)
ele me amaria menstruada !

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